Lucro Real ou Simples Nacional: qual o melhor regime?
Regime do Lucro Real ou Simples Nacional? Conheça as diferenças entre os dois regimes de tributação e escolha o melhor para sua empresa
Você sabe qual tributação é mais adequada para seu negócio? Lucro Real ou Simples Nacional?
Escolher o regime tributário adequado para a sua empresa é uma decisão importante, que pode afetar diretamente a sua lucratividade e competitividade no mercado.
Para te ajudar nisso, este artigo irá focar nas diferenças entre esses regimes.
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Qual é o melhor regime tributário, Lucro Real ou Simples Nacional?
No Brasil, existem três opções principais de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.
Para escolher entre o Simples e o Lucro Real, separamos as principais informações sobre ambos os regimes para que você possa comparar.
O que é Simples Nacional?
A principal característica do Simples Nacional é que o regime reúne em uma única guia de pagamento (DAS) oito impostos federais, estaduais e municipais. Eles são:
- IRPJ – Federal;
- CSLL – Federal;
- PIS e COFINS – Federal;
- IPI – Federal;
- ICMS – Estadual;
- ISS – Municipal;
- CPP – Federal.
Por lei, esse regime é destinado às microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), que possuem receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões.
Além disso, a empresa não pode ter nenhuma restrição prevista na Lei Complementar n° 123, de 2006, como, por exemplo:
- Ter outra pessoa jurídica como sócia;
- Ser filial, sucursal ou representação de empresa estrangeira;
- Ter sócio que participe de outra empresa do Simples Nacional com receita bruta global superior ao limite;
- Exercer atividades impeditivas ao regime, como bancos, seguradoras, consultorias, etc.
O que é Lucro Real?
O Lucro Real é um regime tributário no qual o cálculo do IRPJ e da CSLL é feito com base no lucro efetivo da empresa no período de apuração, após ser ajustado por adições e exclusões previstas na legislação fiscal.
Além desses impostos, a empresa também deve recolher o PIS e o COFINS pelo regime não cumulativo, que permite deduzir alguns créditos sobre as despesas operacionais, e os impostos estaduais e municipais (ICMS e ISS), conforme a atividade exercida.
O Lucro Real é obrigatório para as empresas que possuem faturamento superior a R$ 78 milhões por ano ou que se enquadram em determinados segmentos, como instituições financeiras, empresas de factoring, etc.
No entanto, qualquer empresa pode optar por esse regime, caso tenha uma contabilidade regular e organizada.
Quais são as vantagens e desvantagens de cada regime?
A escolha entre o Lucro Real ou Simples Nacional depende de várias situações.
É preciso olhar para os pontos fortes e fracos de cada opção. Veja as principais:
Características do Lucro Real
| Vantagens do Simples Nacional | Desvantagens do Simples Nacional |
| Simplificação do pagamento dos impostos em uma única guia | Limitação do faturamento anual |
| Redução da carga tributária para alguns setores; | Restrição de atividades permitidas |
| Dispensa da obrigatoriedade de manter uma contabilidade completa; | Dificuldade de planejamento tributário |
| Facilidade de acesso a crédito e licitações públicas. | Subaproveitamento de créditos fiscais. |
Quer conhecer mais vantagens do Simples? Veja o artigo listado a seguir
Características do Lucro Real
| Vantagens do Lucro Real | Desvantagens do Lucro Real |
| Possibilidade de pagar menos impostos em caso de baixa lucratividade ou prejuízo | Maior complexidade no cálculo dos impostos |
| Flexibilidade para escolher entre apuração trimestral ou anual | Necessidade de manter uma contabilidade rigorosa e atualizada |
| Aproveitamento integral dos créditos fiscais | Maior custo com escrituração fiscal e contábil |
| Não há restrição de faturamento ou atividade | Maior exposição ao Fisco |
Conheça mais pontos importantes do Lucro Real
Como escolher entre Lucro Real ou Simples Nacional?
Na hora da escolha é preciso olhar todas essas características do regime, e, além disso, entender o tipo de atividade da empresa, assim como fatores que irão impactar a tributação.
Alguns fatores que precisam ser analisados são:
- margem de lucro
- volume de despesas dedutíveis
- estrutura societária
- classificação da atividade
- entre outros
Como não há uma resposta definitiva para essa questão, sem uma análise precisa dessas características, é recomendável contar com o auxílio de um contador profissional, que possa fazer uma simulação tributária e comparar os impactos de cada opção na sua rentabilidade.
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